Fui todos os dias à Festa
Como até não sou modesta
Fui com a minha Umbelina
E mais uns novos amigos
Pois à procissão do mar
E aqui a tia Albertina
Encontrei-me com a Irene
P’ra sorte dos mais castigos
E sem fazer alaridos
Fui à procissão solene
Tenho os pés desinsofridos
Mas antes rente à noitinhaMeti-me então na pinguinha
Que a companhia era boa
Tive um grande regozijo
Com os amigos de Lisboa
E os amigos do Montijo
Que “Um amigo, tem amigos
Outro amigo, amigos tem
Por vezes são tão antigos
Esses tesouros de alguém”
E hoje fui-me fotografar
P’ra mostrar o arraial
Estava disperso o pessoal
(Comi até um Corneto)
Como eu queria declamar
Neste preciso coreto!
Ninguém se lembra de mim
Mas quando eu me for embora
Vão-se lembrar que enfim
Tenho o peso de um tesouro
Vingarei pois lá por fora
Afinal sou atrevida
E ao depois vão-me querer dar
Uma medalha de ouro
Mas eu vou solicitar
O nome de uma avenida
E vou-me então recolher
Despeço-me pois com carinho
Nada me há-de demover
E nem sou futebolista
Vou entrar pois no joguinho
Que eu tenho alma, e sou artista
E “A amizade não tem preço
É uma forma de falar
Pois Amigo reconheço
Não tenho é como a pagar”
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