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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Natal de Évora



Pois festeje quem puder
É natal diz o poeta
Sempre que um homem quiser
E que seja farta a mesa                                                
Por sinal faço dieta
Vou contando o dinheirinho
Com a carteira sempre tesa
Tal como o meu zé-povinho

Pois que até me dá fastio
Que sorte desventurada
Queria fazer um desvio
É no que eu mais me concentro
E passar a consoada
Ai pois nem que eu me esfarripe
Com os que já lá estão dentro
E logo na zona vipe

É que tenho um quê de nobre
Basta-me é fundamental
Já estou farta de ser pobre
E tenho esta fantasia
De festejar o natal
Com muita filosofia

Mas que bela vizinhança
E outros mais estão p’ra chegar
É gente com abastança
E muitos truques na manga
Que acabaram por deixar
Ai tanta gente de tanga

Se eu não for que desengano
Sentir-me-ei ultrajada
Pois temo que para o ano
Já lá não ponha o bodelho
Vejo a lotação esgotada
Com o Portas mais o Coelho

E desejo um bom Natal
Aos mais recentes e antigos
Pois que seja especial
Já que a mim muito me apraz
P’ra todos os meus amigos
Cheiinho de Amor e Paz!